Belas piscinas à beira-mar

Aproveite o cenário paradisíaco
A escolha do local e do formato da piscina pode deixar a paisagem ainda mais paradisíaca e atraente, seja na praia nas montanhas. “A estrutura cumpre um papel fundamental, pois cria um horizonte para a casa”, segundo os arquitetos João Frederico Conrado e Gabriel Ceravolo, sócios do escritório Conrado Ceravolo Arquitetos, de São Paulo. Assim, na opinião deles, a relação da edificação com o entorno deve ser avaliada desde o início do projeto para que a piscina ocupe um lugar estratégico que direcione o olhar do morador para a melhor vista possível. Para casa campestres ou praianas, quando o terreno é abundante, os formatos orgânicos são mais indicados para se integrarem ao paisagismo. Em áreas com declives, a borda infinita é uma solução sempre muito bem-vinda e as pedras naturais colaboram para criar unicidade com o cenário. “Gostamos de utilizar espelhos d’água, nos quais podem ser dispostas espreguiçadeiras para banhos de sol na água, e spas com hidromassagem na própria piscina”, enfatizam os profissionais. De acordo com o arquiteto Mauricio Nóbrega, do RJ, deve-se buscar um posicionamento para que a casa e natureza se transformem em uma coisa só. “Abuse de amplos panos de vidro, venezianas articuladas e materiais naturais da região que não agridam a paisagem”, reforça .
Estrutura
Para permitir formas e recursos diferenciados, os profissionais recomendam modelos em concreto, impermeabilizados e com revestimento cerâmico, de pedras ou pastilhas de vidro. “Os materiais alternativos como vinil e fibra possuem como vantagem a rapidez na execução, porém possuem dimensões limitadas que não permitem projetos extremamente personalizados”,concluem os profissionais do Conrado Ceravolo Arquitetos.
Sobre as pedras
É impossível não se encantar com a vista e com a construção dessa piscina, localizada em Mangaratiba, RJ. Para integrá-la à vista, o arquiteto Mauricio Nóbrega explorou três recursos: o posicionamento do modelo na divisa do terreno com o mar para criar a sensação de estar dentro da água, revestiu as paredes externas com pedras integrando-as ao muro de contenção do terreno para simular uma estrutura única e internamente utilizou pastilhas azuis. “Optamos por uma concepção o mais natural possível com o intuito de conectá-la imediatamente à paisagem. Para ampliar a contemplação do cenário, a casa foi construída em módulos interligados por pérgolas de biribinha e está totalmente aberta para o exterior por meio de esquadrias de venezianas articuladas e vidro.
O valor do sol
Na cidade mineira de Esmeraldas,a piscina foi implantada para tirar o máximo proveito da paisagem do vale e se integrar ao projeto da residência que apresenta um ar despojado e rústico. As arquitetas mineiras Adriana Rezende Fonseca e Joanna Mendes Ciruffo, do escritório Arctre Arquitetura,de Belo Horizonte, posicionaram o modelo para receber a luz do sol nascente que incide sobre as águas e criar um efeito único.
De alvenaria estrutural, o modelo possui 50 m² e 1,0 3m de profundidade e foi revestido com esmalte poliuretano (Piscinas Renner) com borda de concreto atérmico.
Céu e mar
Na Península de Maraú, BA, a piscina de 125 m² dos arquitetos Fernando Azevedo, Servatius Hoogenboome, Suzie Yamazaki, todos de Arraial D’Ajuda, BA, é o destaque da área de diversão. A estrutura de concreto armado tem a vista para o mar valorizada pela borda infinita e pelo formato orgânico, além de prainha de 0.70 m de profundidade. A área mais funda varia de 1 a 1,80m.
As pastilhas cerâmicas 4 x 4 cm (Atlas) no tom azul-claro combinam com o mar e o céu aberto. Sob o sol, ela fica ainda mais especial.
Reunião perfeita
Piscina e praia integram-se na paisagem por meio da borda infinita,  que parece uni-la com o mar, no projeto do arquiteto Ademar Sá, de Itacaré, BA. Inserida no espaço que ocupa a frente da casa, a piscina de uma raia é feita de concreto armado e tem 80,50 m², sendo 25 m de comprimento e 1,50 m de profundidade. 
A pedido do proprietário, o revestimento interno foi feito com cimento queimado, também utilizado nos trechos de borda infinita. O deck é de madeira cumaru. “Como o terreno está em declive, parte da caixa ‘aflora’ dele. Ela foi revestida com madeira de demolição no trecho baixo e pedra moledo no mais alto”, ressalta o arquiteto.
Encontro tropical
O estilo requintado do mármore branco (Palimanan) que reveste a piscina contrasta harmonicamente como clima praiano de Caraguatatuba, SP, no projeto do arquiteto Luiz Alberto Hopf, de Ilha bela, também no litoral paulista. Construída de concreto armado e blocos estruturais, a estrutura possui 100 m² e profundidades entre 0,60 m e 1,20 m, e cria um efeito especial na paisagem. Ao redor, o quiosque de eucalipto auto-clavado coberto com palha bem ao lado da piscina, sofás, cadeiras e até mesmo redes para relaxar é perfeito para apreciar a vista.
Sintonia
No projeto dos arquitetos Conrado e Ceravolo, em Trancoso, BA, a borda infinita produz um belo cenário para se admirar de todos os pontos da casa e do lazer, além de ter uma função técnica de contenção do terreno.“Devido ao formato do lote e seguindo o pedido dos proprietários de privacidade nos quartos, optamos por uma implantação em formato L.
Dessa forma, acompanhando o desenho diagonal, a piscina foi implantada como a terceira face de um triângulo, na qual as duas outras são a casa principal e a ala de hóspedes. “Toda a circulação da casa é feita pelo entorno da piscina, com destaque para seus três elementos, a prainha, onde as pessoas colocam as espreguiçadeiras para os banhos de sol; a raia com dimensões semiolímpica de 25 m e a borda infinita que interliga visualmente a casa, o jardim e o campo de golfe”, destacam.


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